CONVIVÊNCIA ESCOLAR
NORMAS DE CONVIVÊNCIA... UNIDADE ESCOLAR
Fazendo a diferença
Nesta atividade tive a pretensão de reunir e refletir sobre a questão da violência na escolar, ao buscar compreender as causas e suas conseqüências no ambiente escolar e as possibilidades de superação desde problemas que interferem diretamente no processo de ensino-aprendizagem.
Trata-se do resultado das reflexões realizadas com base no trabalho informativo/dados, embasado nas normas do PDE, realizado por este educador, a partir das diferentes etapas de pesquisa e atividades práticas que compõem o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). As informações/dados foram realizadas em todas as turmas de Ensino Fundamental e Médio da unidade escolar, em Juara(MT).
A temática da violência escolar, proposta neste trabalho, se deu em razão da sua importância na atualidade, em face da realidade observada nas escolas do município e a repercussão da violência escolar pela mídia, além da necessária discussão sobre os impactos causados na qualidade de ensino e até mesmo na saúde do profissional da educação. Nesse sentido, a proposta partiu da necessidade de se compreender a dinâmica da violência e das incivilidades, suas causas e diferentes formas de manifestação na sociedade e suas implicações no âmbito escolar de atuação do educador.
Os resultados das atividades desenvolvidas demonstram que os alunos no decorrer da aplicação do informação/dados tiveram a oportunidade de diferenciar violência de incivilidade, conforme proposto no estudo por CHARLOT (2002). O sociólogo francês ampliou a conceituação, ao separar “violência na escola” como “aquela que se produz dentro do espaço escolar sem estar ligada à natureza e às atividades da escola; “violência à escola” como sendo aquela “ligada à natureza e às atividades da instituição escolar" e “violência da escola”, que consiste na chamada violência institucional ou simbólica, em que os alunos se submetem a imposição de regras, normas não consentidas, conteúdo programática não atraente, modo de composição de classes, de atribuição de notas, palavras desdenhosas dos adultos, atos considerado pelos alunos como injustos ou raciais” (CHARLOT, 2002).
Nesta perspectiva, para a prevenção da violência, conforme propôs inicialmente o projeto, não basta entender e identificar as várias formas de manifestação no contexto escolar e distingui-las por categorias. É necessária a prática constante do diálogo, da negociação e resolução pacífica de conflitos.
Com o interesse dos próprios alunos, esta proposta depende de longo trabalho com envolvimento de toda a comunidade escolar, possibilitando ao estudante a construção de um sentido de pertencimento, e que a escola lhe seja um espaço de cidadania e liberdade, para “os anseios de manifestar na escola a sua marca de viver a juventude não podem ser ignorados, nem visto como obstáculos aos estudos” (MADEIRA, 1999).
Desta forma para que estes anseios não sejam transportados para a violência, a escola precisa apostar na criatividade e no potencial dos seus estudantes, promovendo ações que levem a este pertencimento, promovendo as relações humanas e construindo a tão sonhada cultura e paz
João Batista Estevam
Juara –MT.